Arquitetura emocional: como aplicá-la em seus projetos?
Seja no trabalho ou em casa, as pessoas passam grande parte da vida em ambientes fechados. Dessa forma, há muito tempo arquitetos e designers se dedicam a criar espaços bem elaborados e bonitos, nos quais seus clientes possam se sentir bem. Recentemente, esse conceito de bem-estar na arquitetura tem se expandido para a arquitetura emocional.
Um projeto de arquitetura tem por finalidade tornar um espaço adequado para as necessidades dos clientes e usuários, além de deixá-lo bonito e comunicar um estilo. Contudo, na arquitetura emocional, essa função vai além.
Neste post, você vai entender melhor o conceito por trás da modalidade emocional e por que ela se tornou uma tendência em projetos. Vai descobrir também como aplicá-la a diferentes ambientes para despertar o melhor de quem os frequenta. Boa leitura!
O que é arquitetura emocional e por que essa tendência?
A arquitetura emocional vai além de um mero estilo arquitetônico. Ela é um movimento que visa suscitar emoções específicas nos usuários do ambiente projetado. Tem a experiência do usuário como ponto norteador.
Muito além de beleza do espaço físico e conforto dos móveis, o objetivo é que o ambiente proporcione boas sensações, de modo que as pessoas se sintam acolhidas e aproveitem melhor o espaço. Isso pode resultar em relaxamento ou no aumento da produtividade, dentre outros efeitos, a depender da proposta. Por isso, estratégias voltadas para as emoções podem ser usadas em diversos espaços, como residências ou ambientes de trabalho.
A partir do equilíbrio entre o conforto e os estímulos sensoriais, em especial visuais, essa modalidade arquitetônica pode trazer diversos resultados intencionais. Além disso, num momento cultural em que a busca por experiências agradáveis é tão relevante, a arquitetura emocional ganha cada vez mais força.
Outro ponto importante é que, ficando mais em casa ou trabalhando em home office, as pessoas passaram a perceber melhor os espaços em que vivem. Com isso, surgiu uma maior preocupação em torná-los melhores e mais agradáveis, para que se possa viver bem.
Como aplicar a arquitetura emocional em projetos?
Uma vez que entendeu o conceito de arquitetura emocional, você está pronto para aplicá-la em seus projetos e colher os resultados desejados. Por exemplo, aliada a estratégias de marketing, essa modalidade é capaz de criar diferenciais na sua empresa, de modo a dar a ela destaque no mercado.
No ambiente doméstico, você pode aplicar essa tendência de modo a promover organização e serenidade. Já quando se trata de um ambiente de trabalho, é possível planejá-lo de modo a estimular a criatividade de quem o ocupa e favorecer a concentração. Seja qual for sua intenção, confira a seguir algumas dicas para colocar em prática as estratégias da arquitetura emocional!
Faça um mapeamento do ambiente
Na hora de projetar um espaço, é importante analisar bem o ambiente. Afinal, mais do que saber o que o cliente espera, é preciso definir o “como”. Ou seja, ao entender as sensações que devem ser despertadas, você pode fazer melhores escolhas de materiais, texturas e outros elementos que sustentem a ideia e deem o resultado esperado. Os efeitos das cores, em particular, são um ponto interessante para prestar atenção.
Crie uma boa iluminação
Todo arquiteto sabe a importância da iluminação em um espaço. Afinal, ela tem o poder de torná-lo frio ou quente, prático ou aconchegante, a depender dos elementos escolhidos. Sendo assim, mais do que decidir por muita ou pouca luz, é importante relacionar a intensidade, as tonalidades (fria ou quente) e outros aspectos às sensações que o local deve transmitir. Não se esqueça de criar equilíbrio com o restante da composição!
Considere adaptar elementos em reformas
Quando a proposta é reformar um espaço, nem sempre o cliente vai querer trocar tudo por novos elementos. Alguns móveis, por exemplo, podem ter valor afetivo, ou talvez o orçamento não permita a substituição completa.
Por isso, na elaboração do projeto, é importante que o arquiteto esteja disposto a adaptar elementos em vez de substituí-los por completo. Isso pode envolver um planejamento de todo o conceito de modo a incluir um elemento existente de forma harmoniosa.
Leve em conta a ergonomia e o conforto
Embora tenha as emoções como ponto central, a arquitetura emocional não deve descartar o bem-estar físico dos usuários. Por isso, é essencial garantir que eles se sintam confortáveis também em relação à parte corporal. A ergonomia dos móveis pode ser um facilitador para trazer à tona as emoções pretendidas.
Por exemplo, em termos de cadeiras de escritório, não basta que sejam bonitas e tenham um design que, visualmente, favorece a produtividade. Se não forem pensadas em relação à ergonomia, com foco em serem confortáveis mesmo no uso prolongado, elas podem ser um problema, causando desconforto e comprometendo a produtividade e saúde dos funcionários.
Defina o mobiliário ideal
Juntamente com as cores e materiais usados nos ambientes, os móveis fazem toda a diferença. Afinal, além de funcionarem como elementos decorativos, eles são as peças com as quais as pessoas mais vão interagir. Em uma sala, uma pessoa pode ficar sentada em uma poltrona ou sofá durante várias horas do dia. Já no home office, a cadeira será usada durante todo o turno de trabalho. Portanto, cada peça precisa ser escolhida com cuidado.
Nesse sentido, o modelo ideal deve apresentar a maior adaptabilidade possível à altura e ao peso de quem vai usá-lo. Deve também ser resistente e atender às normas vigentes de qualidade para mobília. Além disso, na arquitetura emocional em particular, as formas, a cor e, o material e a textura do móvel farão toda a diferença.
Como se inspirar para projetos de arquitetura emocional?
Para criar um bom projeto, é importante ter boas referências. Para isso, você pode adotar práticas como:
- inspirar-se em outros arquitetos;
- pesquisar inspirações e ideias em sites de decoração e afins;
- analisar catálogos de empresas de móveis;
- levar em conta sua experiência com outros projetos;
- considerar sempre a opinião, necessidades e objetivos dos clientes, já que arquitetura emocional valoriza muito a experiência pessoal.
As pessoas têm valorizado cada vez mais as experiências que têm em diferentes espaços. Isso não acontece somente em empresas ou lojas que frequentam, mas também no trabalho e em casa. O conceito de arquitetura emocional pode ser aplicado em qualquer espaço a fim de proporcionar conforto e bem-estar, além de atender a objetivos específicos em relação à experiência do cliente e dos usuários.
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